quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Acupuntura

Acupuntura e a observação da natureza

A Acupuntura é uma técnica milenar originada na China que vem a cada dia garantindo seu espaço no Ocidente, devido à sua alta eficácia e baixos efeitos colaterais.

Mas há tanto tempo, sem a tecnologia que possuímos hoje, como foi possível ser descoberto um método tão fascinante de buscar cura e equilíbrio?

Tudo começou a partir da observação da natureza. Os chineses antigos perceberam que os fenômenos naturais e a relação entre os elementos e os seres vivos no ambiente aconteciam de forma similar dentro de nós. Daí vem a teoria dos “Cinco Movimentos”, que em conjunto com a teoria do “Yin e Yang” compõem os pilares da Medicina Tradicional Chinesa.

Segundo a teoria dos Cinco Movimentos existe uma relação de geração e dominância entre os elementos (fogo, terra, metal, água e madeira) para que nenhum se sobressaia ao outro, proporcionando uma situação de equilíbrio. Por exemplo: a madeira alimenta, gera, o fogo; mas a água o apaga, o domina. Se essa harmonia se quebra, se faltar água por exempo, ou houver lenha demais, acontecerá um desequilíbrio, gerando uma queimada.
Dentro do nosso corpo, cada elemento da natureza é representado por um sistema, cada um liderado por um órgão vital (coração, baço/pâncreas, pulmão, rim e fígado). E entre esses sistemas, assim como na natureza, há também uma relação de geração e dominância entre suas funções, que, se acontecer de forma mais ou menos intensa, origina o desequilíbrio, posteriormente vindo a gerar as doenças que nós conhecemos.

Isso mostra como o ser humano, apesar de ser um todo, é também uma parte integrante do universo, e que uma semente do universo e suas relações existem dentro de nós.
Cada vez que nos aproximamos mais da natureza, para observar, tentar entender, estabelecer uma conexão, estamos mais próximos de conhecer a nós mesmos. Chineses sabidos...


Régia Sofia de Azevedo
Médica Acupunturista do NAPI/UCIS Prof. Guilherme Abath



Contação de Histórias

Não é só a história que importa é a maneira de contá-la. (Cecília Meireles)


Contar histórias é uma arte que ao longo dos tempos é passada de geração à geração. Ela ajuda na memorização do conhecimento a ser transmitido. É carregada de significados que lhe atribuem o gestual, o ritmo, a entonação, a expressão facial, e até o silêncio.

Por que contar? Contar histórias para oferecer delicadeza poética, como também encher o coração de quem escuta de afagos e alentos aos sentidos.

Benefícios do ouvir histórias: Resgatar o prazer de ouvir histórias, oferecer momentos vivenciais com base nas histórias, ofertar leveza, alegria, e autocuidado.

As contações de histórias acontecem uma vez por semana, na sala da acupuntura, nas quartas-feira (turno da manhã), em paralelo ao tratamento que recebem com agulha. As histórias são ofertadas também ao término das práticas de automassagem, na sala de espera com usuários que vão para outros atendimentos e ainda quando solicitada pelos usuários ou algum profissional da unidade de saúde.

Danças Circulares

É a expressão humana, mais antiga de todas as culturas do planeta. Elas são usadas como rito para a celebração  e como homenagem às transições da vida e da natureza. São danças de roda, tiradas de muitas gerações, tradições, e países. Elas podem ser Meditativas, Vigorosas, Pacíficas, Não Contemplativas, Lúdicas, Instrutivas, Curativas e Divertidas. Estas danças são para pessoas de todas as idades.

A dança circular sagrada foi introduzida na Inglaterra, por Bernard Wosien, um coreógrafo alemão. Ele observou que as danças criavam um clima especial, contribuindo para o fortalecimento do espírito e maior coesão entre as pessoas. As danças apresentam um repertório que abrange coreografias com origem e propósitos bem diferenciados, são elas: Dança da Paz Universal, Danças Sagradas, Brincadeiras Cantadas.

Podemos enumerar alguns benefícios das Danças Circulares para a saúde, entre eles: experimentar situações que vão desde a forma de tocar as mãos como a utilização dos passos longos ou curtos, ajuda a criar instrumentos que desenvolvem a flexibilidade, a auto-confiança, a auto-estima e a eliminar medos, angústias, estresse e depressão, e ainda proporciona ao conjunto corpo, mente, espírito, o amor, a serenidade, a alegria, a paz e o sentido de união.

As oficinas de Danças Circulares são atividades abertas oferecidas na UCIS Guilherme Abath todas as terças feira das 8h às 9:15h.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Medicina Antroposófica

A Medicina Antroposófica é uma abordagem de cuidado com a saúde que parte da compreensão do ser humano como um ser físico, anímico e espiritual. Nasce das contribuições que o fundador da Antroposofia, Rudolf Steiner, e a médica Ita Wegman, desenvolveram, para ampliar o conhecimento e a prática médica.

Na perspectiva antroposófica, o adoecimento é compreendido como parte de um processo importante de amadurecimento e crescimento na vida de cada pessoa, com suas particularidades e singularidades. A cura se dá na harmonização dinâmica entre as quatro organizações que interagem na constituição do ser humano: o corpo físico, o corpo vital, o corpo anímico e a organização do Eu.

Os tratamentos envolvem uso de medicamentos, banhos, compressas, que atuam fortalecendo o organismo mais do que inibindo sintomas. Abrangem ainda mudanças alimentares, orientações de exercícios, e indicações de outras terapias como a Massagem Rítmica, a Terapia Artística e Terapia Biográfica. Os medicamentos antroposóficos são feitos a partir de elementos da natureza como pedras, plantas, cristais e substâncias de origem animal, que passam por preparos especiais próprios, como por exemplo, a dinamização. Todo processo de adoecimento, crônico ou agudo, em crianças, adolescentes, adultos e idosos, pode ser avaliado e tratado com a Medicina Antroposófica. Ela permite alcançar resultados que se somam aos da prática médica convencional e contribuem para o desenvolvimento físico, anímico e espiritual da pessoa que busca o tratamento.

Em diversas cidades do Brasil, há clínicas e consultórios de Medicina Antroposófica. Ela está no sistema público de saúde brasileiro, o SUS, nas cidades de São Paulo (SP), São João del Rey (MG), Belo Horizonte (MG) e em Recife (PE). Na Alemanha e na Suiça, diversos hospitais cuidam de seus pacientes a partir desta abordagem terapêutica, também fazendo parte de seu sistema público de saúde.

Em Recife, a Medicina Antroposófica é uma das práticas que compõem o Núcleo de Apoio em Práticas Integrativas, NAPI. Trata-se de uma experiência pioneira, em que a Medicina Antroposófica é oferecida como uma ferramenta de apoio matricial a Equipes da Saúde da Família dos Distritos Sanitários II e III. Com as equipes apoiadas, são realizadas consultas e visitas compartilhadas, que visam integrar e ampliar os projetos terapêuticos singulares dos usuários, a partir da troca afetiva e efetiva de conhecimentos e compromissos entre os usuários e profissionais, além de contribuir com os desafios cotidianos do processo de trabalho das equipes.

“Estamos diante do nada, e a ele tivemos de chegar para a inauguração da liberdade humana. E o que se faz mister diante do nada é despertar o espírito.” Rudolf Steiner, Stuttgart, 1922

Mais informações sobre a Medicina Antroposófica:
http://www.abmanacional.com.br/ (Site da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica)

http://www.vivendasantanna.com.br/ (Site da Clínica Antroposófica Vivenda Santanna, Juiz de Fora - MG)